BES/JP Morgan contratam Júdice para adviser na operação de titularização de imóveis do Estado
BES/JP Morgan contratam Júdice para adviser na operação de titularização de imóveis do Estado
28-09-2004, Maria Teixeira Alves, mtalves@economica.iol.pt
O Banco EspíritoSanto contratou o escritório do Bastonário da Ordem dos Advogados, a Sociedade PLMJ, como adviser jurídico no âmbito da operação de titularização da venda de imóveis do Estado. A contratação sugere a preocupação do consórcio BES/JP Morgan em reforçar a sua capacidade negocial junto do Estado.
O escritório de José Miguel Júdice foi um dos preferidos do anterior Governo, sobretudo do Ministério da Economia e da Parpública. A ¿experiência¿ terá sido determinante na escolha. O consórcio já detinha um outro escritório de advogados a trabalhar na operação, o Linklatters, que se mantém como adviser.
A operação em causa (titularização dos imóveis) está nas mãos de uma empresa da Parpública, a Sagestamo, empresa especializada na valorização do património do Estado. A selecção final da entidade ou entidades a mandatar para a organização da operação deverá estar concluída até ao final de Setembro, tal como avançámos na semana passada.
Como é já conhecido, o valor do património imobiliário que o Estado quer alienar a um veículo de titularização ronda os 1.000 milhões de euros e o Orçamento de Estado para este ano incluía já uma expectativa de receita extraordinária para ajudar a cumprir o défice de 2,4%.
Na lista de interessados estão nove consórcios. O ABN-AMRO com o Banco Efisa e com o Citigroup; o Banco BPI com o Deutsche Bank; O Banif - Banco de Investimento com o alemão HypoVereinsbank; O Banco Espírito Santo com a JP Morgan; o Barclays Capital; a Caixa Geral de Depósitos com a Morgan Stanley; o Calyon - Corporate and Investment Bank (do Crédit Agrícole); o Credit Suisse First Boston, Real Estate Capital Partners com a Sonae Capital e o Millenium BCP Investimento com a Lehman Brothers.
Até ao fecho desta edição ainda não havia nenhuma decisão relativa à escolha do consórcio vencedor. Escolhido foi já o Banco Finantia como adviser técnico do Estado, sendo por isso este banco que está neste momento a apoiar o Estado na escolha do consórcio.
Na edição de 3 de Setembro do ¿Semanário Económico¿ foi avançado que a Sociedade PLMJ tinha sido seleccionado como o adviser jurídico do Estado na operação de titularização, após contacto com fonte da referida sociedade. Verifica-se agora que o escritório PLMJ não é adviser do Estado mas sim de um dos consórcios para mesma operação.
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