Citigroup desapontado com ritmo lento da cobrança de dívidas fiscais titularizadas
05-10-2004, Pedro Marques Pereira e Lígia Simões
A cobrança de dívidas fiscais e à Segurança Social em atraso, para entrega ao Citigroup, que titularizou essas dívidas numa operação que permitiu a Manuela Ferreira Leite cumprir a meta do défice orçamental de 2003, estão abaixo do que o banco norte-americano esperava.
¿Aperformance das recuperasções ficou aquém das expectativas,¿refere o banco num relatório periódico de acompanhamento da operação, divulgado ontem.
O Citigroup revela que nos oito primeiros meses do ano, a cobrança total dos créditos fiscais e à Segurança Social foi de 360,4 milhões de euros, incluindo 65 milhões de euros de juros por atrasos nos pagamentos. Contas feitas, a cobrança está a crescer a um ritmo mensal de 45 milhões de euros. O Citigroup mostra-se, no entanto, esperançado que as medidas tomadas pela administração fiscal, como a informatização de serviços, cruzamernto de dados, cativação de benefícxios fiscais aos contribuintes faltosos, um combate mais activo aos sinais exteriores de riqueza ou a alocação de mais funcionários no combate à evasão fiscal.
¿Os serviços (fiscais)estão cientes destas falhas e têm implementado muitas iniciativas para melhorar a recuperação em todos os processos, sobretudo nos que foram objecto de securitização¿, realça o Citigroup.
O Estado recebeu, no final de 2003, 1765 milhões de euros do Citigroup referentes a um portfólio de dívidas fiscais e da Segurança Social, num total de 11.441 milhões de euros. O grupo financeiro internacional acabou por colocar o montante das dívidas junto de investidores internacionais.
Até Agosto
Este é o montante de dívidas fiscais e à Segurança Social, referentes à titularização, cobradas. O maior montante de dívidas é 2003, num total de 121,4 milhões de euros, repartindo-se o remanecente por dívidas desde de 1993.
360,4
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